Personagem #5: Drakar

Uma bela cicatriz no olho e uma fé quebrada são as primeiras características vistas em Drakar, o draconata azul. Sempre olhando para o céu em períodos chuvosos, é nos relâmpagados que esta, como visto por muitos, monstruosidade procura abrigo. Violento demais para ser considerado um paladino santificado e muito bondoso para ser considerado uma besta selvagem, Drakar permeia os campos da justiça e do massacre por conta de sua criação. 

Servindo à deusa da benevolência Nala, Drakar estava de guarda na noite que seu clã foi massacrado. Dois draconatas esguios se aproximavam dos portões da vila onde seu clã morava, magros, aparentemente famintos, eles imploravam por ajuda. Pedindo conforto à Nala e ouvindo seus conselhos, Drakar permitiu a sua entrada na cidade. Os draconatas agradeceram à força azul daquele lugar e disseram que ele seria recompensado. Inocentemente a benevolência de Nala trouxe a ruína para aquele clã.

Após mais algumas horas de vigília Drakar ouviu os gritos, as chamas que lambiam as casas, ele se quer podia ver o que estava acontecendo, mesmo que não chegue aos perigos de hoje, com tantos mortos-vivos à solta, naquele tempo deixar o seu posto podia significar permitir a entrada de seres horrendos para sua casa. Drakar estava nervoso, não podia deixar o seu posto, mas era errado ir até lá. Ele orou para a sua deusa, mas ela nada respondeu, mais alguns minutos se passaram, a gritaria aumentava, suas pernas se moveram sozinhas e ele deixou o seu posto, mas ele não iria gostar do que viu. Os corpos de seus amigos estavam espalhados pelo chão, dilacerados, um trabalho de profissionais. "A nossa Takhisis ficará muito feliz com o sangue derramado aqui hoje". Drakar estava paralizado, os draconatas que ele deixou entrar tinham feito aquilo, o sangue agora estava em suas mãos. Ele sacou sua arma e foi em direção a eles e soltou seu mais forte raio, mas a única coisa que fez foi ofuscar um pouco os seus olhos.


"Ei amigo, não nos ataque!" Disse um dos draconatas "somos parceiro não somos? Graças a você conseguimos entrar aqui tranquilamente e cumprir nosso trabalho enquanto todos dormiam, nós não temos a intenção de matar você". Drakar não sabia o que fazer, ele deu o seu melhor e aqueles dois monstros se quer foram afetados por isso. Ele avança em direção a eles, mas como se fossem um com as trevas, eles somem e reaparecem em suas costas, batendo com força em sua cabeça e o jogando contra o chão.

"Você é realmente corajoso, mas veja bem, eu e meu amigo estamos com pressa, se quer tanto assim pegar um pedacinho da gente, vamos deixar uma lembrança." Sacando sua espada envolta em trevas o draconata fez um corte profundo no rosto de Drakar, rasgando sua pele e cegando seu olho. "Digamos que, se você tenta cegar a gente com luz, você efetivamente será cegado". No meio das sombras os dois desapareceram, deixando o draconata azul largado no chão, em lágrimas e dor.

Quando acordou Drakar foi até o rio mais próximo e em uma queda d'água, repleto de culpa, ele se preparava para seu suicídio. A deusa para ele agora significava traição e mesmo aqueles de sua raça eram monstros sanguinários. Ali, a um passo da morte, ele ouviu uma voz ao longe "Covarde!". Virando a cabeça para onde ainda havia um olho ele viu uma figura verde, musculosa, um orc. "Vocês draconatas não tem honra! Estou há anos procurando uma luta justa, algo que me deixe contente para finalmente morrer. Você tem uma espada ai não tem? Lute comigo, deixe-me ver o quão forte é e se terei minha chance."

Drakar não gostaria de dar atenção para aquele orc, mas ele se metia em seus assuntos e sacando sua lâmina ele estava decidido a descontar toda a raiva que passou. Foi tudo em vão. O orc, apesar de velho, era habilidoso, forte e resistente, o draconata não foi páreo para ele. "Você é fraco", disse o orc, "se quer tem força". Chorando, Drakar respondeu "Minha força vinha da minha deusa, mas ela me abandonou, eu não estou em meu poder máximo". O orc retrucou "Você depende da força de mais alguém? Músculos, armas, poder, essa é a verdadeira força. Você só arruma desculpas para ser fraco, eu vou encontrar minha luta em outro lugar!".

A partir deste momento o draconata desistiu de morrer e passou a seguir aquele orc que ele se quer sabia o nome. Apesar de odiar a ideia, ele deixou Drakar o acompanhar e passeando por diversas vilas de seu povo, pouco a  pouco sem perceber o orc havia passado seus conhecimentos em esgrima e uso da força para Drakar. Após 10 anos de longas jornadas do orc procurando uma morte que o fizesse feliz, em frente a fogueira, após Drakar dizimar alguns monstros gigantes sozinho, o ser marrom observou aquela mancha azul e disse "Há mais de dez anos eu procuro por quem poça me dar uma morte honrada e só agora percebi que ele sempre esteve na minha frente". "Orc, nós já lutamos uma vez, sua morte não será por minhas mãos", respondeu Drakar, mas o orc já sabia o que dizer "Sim, nós lutamos, mas naquela época você era apenas um draconata instável, fraco. Hoje eu te ensinei tudo que eu sei, hoje você é muito mais orc do que tantos orcs jamais serão, me dê Drakar, me dê a minha morte.

Eles lutaram incansavelmente por 3 dias. Não haveria para aquele orc luta mais honrada do que esta e sua morte foi glorificante. Com a espada de s;eu discípulo fincada em seu peito o orc se despediu desse mundo, com Drakar ajoelhado e agradecendo por tê-lo conhecido. A morte do orc chegou, assim como chega para todos. Agora Drakar vaga pelas mais longíquas terras, procurando cada vez mais força e poder para que possa, com suas próprias mãos de dragão e treinamento de orc, esmagar o ser que chamam de Takhisis.

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